Resiliência

A vida é instável por sua própria definição, se formos à busca de conceitos mais fluidos, podemos dizer que estar vivo ou viva é fazer parte do estado de impermanência das coisas. Além de lições budistas, ou frase de efeito, essa afirmação precisa gerar a plena certeza de que nossas vivências sofrerão transformações e a estagnação não é uma possibilidade no mundo. Entender este princípio pode ser importante para o mercado de trabalho. Perceba: as oportunidades e demandas são ditadas por fatores econômicos, avanços tecnológicos ou do conhecimento, entre outros. Então, em épocas de crise financeira será esperada a recessão no mercado, até mesmo o fato de empresas evitarem contratar em momentos assim. O tipo de crise pode ser setorial ou nacional (até global, como na situação atual) e para estes momentos, devemos ter renovada a nossa capacidade de resiliência, para a vida e o mercado. Este precisa ser arrefecido e pessoas resilientes é que o erguerão ao estado necessário. E não apenas em momentos de crise é importante ser resiliente. Essa habilidade é necessária, inclusive, no dia a dia da profissão. Ao receber negativas em entrevistas ou feedback contrário às nossas expectativas, é muito importante a resiliência também nestes contextos. A capacidade de não se deixar desestruturar por dentro com as possíveis intempéries que são comuns em jornadas de trabalho e estágio. É compreender que, como a vida, somos imperfeitos e variantes e levantarmos todos os dias da cama no ímpeto de oferecer o nosso melhor. É muito mais que o entendimento da premissa de imutabilidade da vida ou altos e baixos na vida profissional, precisamos aceitá-la (a premissa). Do contrário, batalharemos com a vida e o mercado, gerando estresse demasiado, sentimentos de ansiedade e alheiamento ao universo que nos cerca. Precisamos fazer parte deste mundo com nossas faculdades e reconstruí-lo como a nós mesmos.